Estudo revela que crack avança em 98% das cidades brasileiras, inclusive nos municípios da região de São Sebastião
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010O crack deixou de ser um problema dos grandes centros urbanos e se alastrou em praticamente todo território nacional, inclusive nas zonas rurais, avançando em 98% das cidades brasileiras, cujas cidades do Litoral Norte fazem parte.
Essas afirmações foram apontadas no estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM), lançado recentemente que traçou uma radiografia da realidade da droga no Brasil. Objetivando a identificação das ações que são executadas, quais as estruturas existentes, quais os recursos disponíveis e se o Programa do Governo Federal havia chegado aos Municípios de alguma maneira.
Todas as cidades do país, 5.563, receberam o questionário da análise, mas somente 71% responderam, ou seja, 3.950 participaram e desse total 98% apresentaram grandes problemas com o crack.
No Litoral Norte apenas São Sebastião é mencionada no estudo, mas não por ser a única a ter dificuldades com a droga, que há algum tempo faz parte da realidade em toda a região, acontece que as outras três cidades não encaminharam as respostas para a CNM.
Os municípios foram questionados sobre a presença ou não do crack e sobre o desenvolvimento de políticas públicas voltadas a prevenção e ao controle do uso. Os dados se mostram preocupantes, quando mais de 91% não possuem programa municipal de combate ao crack ou outros tipos de drogas e nenhum auxilio dos governos federal e estadual para desenvolver ações.
Somente 8,43% desenvolvem algum programa municipal de combate. As principais ações foram tomadas por iniciativa própria dos próprios gestores e estão voltadas à mobilização e orientação, prevenção ao uso de drogas, atendimento aos familiares, tratamento aos dependentes, combate ao tráfico, estudos e pesquisas.
Uma boa resposta foi quanto a regulamentação do plano de enfrentamento às drogas por meio de lei municipal, para a qual 45,95% informaram já ter tomado essa providência. Uma das grandes dificuldades apresentadas é o financiamento das ações, que tem persistido em forma de subfinanciamentos em todos os programas ou políticas de governo.
O Plano foi lançado em abril deste ano e tem como fundamento a integração e a articulação permanente entre as políticas e ações de saúde, assistência social, segurança pública, educação, desporto, cultura, direitos humanos, juventude, entre outras, em consonância com os pressupostos, diretrizes e objetivos da Política Nacional sobre Drogas.
O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski criticou o fato do Plano não contemplar Municípios com menos de 20 mil habitantes, que não podem solicitar recursos para instalar leitos de tratamento aos viciados. “Esse plano ainda não trouxe nada de real aos municípios pequenos. É hora de buscarmos medidas concretas”, afirmou.
A principal estratégia para o acolhimento e tratamento dos portadores de transtornos mentais, no qual estão incluídos os usuário de drogas, que são os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) possui uma cobertura de apenas 14,78% dos municípios que responderam a pesquisa, o que confirma que as estruturas físicas existentes e a disponibilidade de serviços é insuficiente para atender as demandas.
Fonte: Imprensa Livre
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