Peixes são tratados e vendidos na rua de forma ilegal em São Sebastião
segunda-feira, 21 de novembro de 2011Toda manhã a cena se repete: homens se instalam nas calçadas da rua Teresa Cristina, próximo ao Mercado da cidade de São Sebastião, no Centro, para vender peixe. João Lopes diz que, todo dia, trata 500 quilos de pargo e cavala, as duas espécies mais pedidas, que chegam todo dia de Camocim, no litoral oeste do Estado.
O que preocupa a população é a conservação do produto, que é vendido de forma ilegal na calçada. Rossini Balduíno passa sempre pela área, mas conta que nunca comprou alimentos ali: “Não sei a qualidade do que é vendido”. No local há 47 anos, o vendedor conta que nunca houve reclamações dos clientes. “Os peixes ficam no caminhão resfriado”, explica.
Os pedestres passam pela área tapando o nariz para tentar fugir do mau cheiro – outro problema do mercado alternativo de peixes. Um esgoto aberto na esquina, com água suja e lixo acumulados, contribui para a situação, que é agravada pelos restos dos peixes jogados na rua, segundo a população.
“A venda de comida nas calçadas é um problema grave”, adverte Patrícia Quirino, auxiliar técnica e coordenadora da Vigilância Sanitária. De acordo com ela, o armazenamento do produto deve ser feito em um ambiente resfriado, como João alegou, mas a exposição na rua já contamina o alimento. “Onde tem alimento, há atração de animais como ratos; é um problema de saúde público”.
Segundo Waldemberg de Lima, chefe do Departamento de Controle Urbano da Secretaria Executiva Regional do Centro de Fortaleza (Sercefor), o comércio de peixes na calçada é ilegal. “Eles saem quando é feita fiscalização, mas sabem que não há controle todo dia e voltam”. A inspeção planejada para ser feita há cerca de três meses, entretanto, não foi realizada por problemas no equipamento de armazenamento de amostras da Vigilância Sanitária.
Apesar de a venda ser proibida, não foi apreendida nenhuma amostra. “O que for apreendido tem de ser conservado da forma correta para que sejam feitas as análises”, explica. Waldemberg afirma que, até dezembro, seis fiscais passarão a compor a equipe de Vigilância Sanitária da Sercefor, ainda inexistente. Ele lembra que uma nova inspeção dos vendedores de peixe nas ruas será realizada quando os fiscais forem efetivados.
As ações de inspeção, segundo Waldemberg, são feitas pela Vigilância Sanitária em parceria com a Sercefor, a Polícia Militar (PM) e a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC). “Os caminhões estacionados na rua são de responsabilidade da AMC, e é necessário o apoio da PM, já que eles portam armas brancas para trabalhar”, justifica.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
O comércio de peixes é realizado nos arredores do Mercado São Sebastião, no Centro de Fortaleza, de forma precária, causando preocupação aos frequentadores do local. O risco de contaminação e o mau cheiro são incômodos.
Sugestão do leitor
Esta matéria foi sugerida pelo leitor Simplício Junior.Para participar e enviar sua sugestão de matéria, ligue para 3255 6101
Para denunciar irregularidades em estabelecimentos que vendem alimentos, ligue para a Vigilância Sanitária. O número é 105.
Fonte: Portal O Povo
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